Antes da oitiva da Pfizer, os senadores iniciaram o trabalho da CPI por volta das 9h45 para tratarem assuntos internos da própria comissão – como questões de ordem e outros questionamentos feitos pelos senadores.
A oitiva com o CEO da Pfizer começou pouco antes das 10h30, com um breve relato por parte dele sobre a atuação da empresa no combate à pandemia.
Resumo da CPI da Pandemia:
• Farmacêutica fez 3 ofertas de vacina ao Brasil em agosto
Murillo apresentou à CPI da Pandemia um cronograma detalhado das tratativas entre a farmacêutica norte-americana e o governo brasileiro sobre a possÃvel compra da vacina contra Covid-19.
De acordo com o executivo, após reuniões "reuniões iniciais exploratórias" nos meses de maio e junho, nas quais foi compartilhado o status de desenvolvimento do imunizante, foi apresentado em 16 de julho uma "expressão de interesse" que foram resumidas as condições de compra do imunizante – iguais para todos os paÃses procurados pela empresa.
Ele explicou que a oferta, na verdade, consistia em duas partes; uma com 30 milhões de doses e outra com 70 milhões "e tinha o possÃvel cronograma de entrega durante o final de 2020 e 2021".
"Em 14 de agosto, voltamos a fazer a oferta por 30 e 70 milhões de doses, mas nessa tÃnhamos conseguido um quantitativo adicional para o Brasil para o final de 2020", afirmou.
• Pfizer entregará 15,5 milhões de vacinas no 1.º, diz diretor
Em suas considerações iniciais à CPI da Pandemia, o diretor-regional da Pfizer disse que a farmacêutica adiantará a entrega de parte das doses da vacina contra Covid-19 compradas pelo governo brasileiro.
"Nosso contrato prevê entrega de 13,5 milhões de doses no segundo trimestre, mais 86 milhões no terceiro trimestre. Hoje, consideramos que vamos fornecer 15,5 milhões de doses no segundo trimestre", disse Murillo.
A fala dele vai na mesma linha do anúncio feito pelo Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em abril.
O senador Eduardo Girão (Podemos-CE) pediu que fosse incluÃda, extra-pauta, um requerimento de sua autoria para chama à CPI Paulo Maiorino, diretor-geral da PolÃcia Federal (PF), "tendo em vista requerimento as mais de 60 investigações da polÃcia federal contra suspeitos" envolvendo estados e municipios.
Todos os requerimentos foram aprovados por unanimidade.
• Comissão decidirá sobre documentos sigilosos após sessão desta quinta (13)
A sessão desta quinta-feira (13) foi aberta com uma questão de ordem do Senador Izalci Lucas (PSDB-DF) sobre o acesso aos documentos sigilosos já recebidos pela comissão.
"Acredito que a sessão hoje será mais curta. Faremos uma reunião após essa sessão, na minha sala, para determinar sigilo de documentos. Convido senadores da comissão para, logo após terminar aqui, definirmos a forma como vamos operar", disse o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM).
"Hoje, o secretário responsável por isso, estará lá após a reunião para fazermos tudo isso."
Conexão com depoimento de Wajngarten
O depoimento de Murillo terá ainda mais importância por acontecer na sequência da oitiva com o ex-secretário especial de Comunicação da Presidência da República Fabio Wajngarten.
Na quarta-feira (12), Wajngarten confirmou aos senadores que a Pfizer enviou uma carta a integrantes do governo brasileiro, como revelado pela CNN, incluindo o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o então ministro da Saúde Eduardo Pazuello, oferecendo doses de sua vacina.
A carta, datada de 12 de setembro de 2020, só foi respondida, segundo o ex-secretário, em 9 de novembro, quando ele soube da existência do documento.
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