O ex-ministro Geddel Vieira Lima, do PMDB, foi preso preventivamente (sem prazo determinado) na manhã desta sexta-feira (8), em Salvador, três dias após a PolÃcia Federal (PF) apreender R$ 51 milhões em um imóvel supostamente utilizado pelo peemedebista.
A prisão foi determinada pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de BrasÃlia, em uma nova fase da Operação Cui Bono, que investiga fraudes na Caixa Econômica Federal.
A assessoria do MPF informou ainda que a nova fase da Cui Bono busca apreender provas de crimes como corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Sete agentes e dois carros da PF entraram no condomÃnio de Geddel à s 6h. Segundo a TV Bahia (afiliada da Rede Globo), um vendedor ambulante, que estava na região, foi levado para dentro do condomÃnio, possivelmente para servir de testemunha.
Ex-articulador polÃtico do presidente Michel Temer, Geddel já tinha sido preso preventivamente pela PolÃcia Federal, em julho, mas recebeu autorização do desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), para cumprir prisão domiciliar.
Embora a decisão judicial determinasse que Geddel fosse monitorado por tornozeleira eletrônica, isso não vinha acontecendo pois o governo da Bahia não tem o equipamento.
Na terça-feira (5), a PF apreendeu R$ 51 milhões em um apartamento que seria utilizado por Geddel em Salvador. O dono do imóvel afirmou à PF que havia emprestado o imóvel ao ex-ministro para que ele guardasse pertences do pai, que morreu no ano passado.
A defesa do ex-ministro não se manifestou sobre os R$ 51 milhões.
Ex-ministro de Lula e Temer
Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) deixou o cargo de ministro da Secretaria de Governo em novembro de 2016. Ele foi acusado pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero de tê-lo pressionado para liberar uma obra na Ladeira da Barra, áre nobre de Salvador. Geddel era um dos principais responsáveis pela articulação polÃtica do governo Temer com deputados e senadores. Ele ficou no cargo por seis meses.
Atuou como vice-presidente de Pessoa JurÃdica na Caixa entre 2011 e 2013, cargo do qual chegou a pedir exoneração pelo Twitter à então presidente Dilma Rousseff, pela possibilidade de concorrer nas eleições seguintes. Quem o convidou para o cargo foi Michel Temer. Foi derrotado por Otto Alencar (PSD) na eleição ao Senado.
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