Em áudio enviado através do aplicativo WhatsApp, bandido identificado como “Aislan Truta” cobra agilidade dos demais membros da quadrilha no assalto a um empresário e sua família, na noite de ontem (14) em Dourados, a 233 km de Campo Grande. O áudio foi enviado para o celular de Gabriel Costa dos Santos, 18, o “Degolado”, único preso até agora.

“Bora, vamo que vamo, ferramenta tá lá, carregada até na tampa de bala pronta para roubar... Cadê a locomoção? Cadê a gurizada? Vamo que vamo”, diz o bandido, suspeito de ser um dos líderes do roubo contra o empresário Carlos Heitor Serrante, 38.

O empresário, a mulher de 36 anos e os dois filhos do casal, uma menina de 7 e um menino de 2, foram feitos de reféns em casa, no Jardim Europa, bairro de alto padrão localizado na região norte da cidade.

Os bandidos armados invadiram a casa para roubar os dois veículos da família, uma caminhonete branca Volkswagen Amarok e um utilitário Hyundai Tucson.

Durante a invasão da casa, o alarme disparou e acionou a empresa de monitoramento. Funcionário da empresa entrou em contato com a casa e desconfiou da forma como o empresário atendeu ao telefone.

O funcionário acionou a equipe de monitoramento, que foi até a residência e viu o momento em que os dois carros deixavam a casa. A polícia foi avisada e o alerta repassado a todos os órgãos de segurança pública da região.

Gabriel dos Santos seguiu com a Amarok em direção a Ponta Porã. Os outros assaltantes entraram na Tucson com toda a família e seguiram na mesma direção da caminhonete. No Posto Capey, na BR-463, já no município de Ponta Porã, os policiais rodoviários federais apreenderam a Amarok e prenderam Gabriel.

Os outros assaltantes que seguiam atrás com a família de refém na Tucson perceberam a ação e retornaram em direção a Dourados. Os bandidos entraram no anel viário que contorna a cidade pela região norte e perto de uma empresa de bebida abandonaram o veículo e os reféns e fugiram.

Os outros envolvidos já foram identificados e estão sendo procurados pela polícia. Existe suspeita de que parte da quadrilha estava em um Fiat Uno dando apoio à ação e pode ter dado fuga aos assaltantes que estavam com a família na Tucson.

A polícia também investiga a participação de uma mulher que conversou com Gabriel, também através do aplicativo WhatsApp, no horário do assalto. “Não vou falar nada... tá bom então, o Pececezinho de merda”, diz ela após soltar uma gargalhada.