19 de Abril de 2024 -
 
15/01/2017 - 13h20
MS é destaque em relatório de organização internacional por conflitos índigenas no campo
Entidade de direitos humanos calcula que 46 pessoas foram assassinadas nestes conflitos durante o ano passado
Airton Raes
Topmidianews
Foto: Grande FM 92,1/Ilustração

A organização de defesa de direitos humanos Human Rights Watch (HWR) aponta o conflito agrário em Mato Grosso do Sul entre proprietários rurais e indígenas como uma das principais causas da violência e mortes no campo no último ano no Relatório Mundial de Direitos Humanos.

Reconhecida internacionalmente, a entidade cita como exemplo a etnia Guarani-Kaiowá. “No Mato Grosso do Sul, por exemplo, o povo Guarani-Kaiowá, que luta para reaver suas terras ancestrais, sofreu violentos ataques em 2015 por parte de grupos ligados a fazendeiros, de acordo com o Conselho Missionário Indígena da Igreja Católica”, cita.

A organização também fala sobre a investigação do assassinato da liderança indígena Semião Fernandes Vilhalva, de 24 anos, que foi assassinado com um tiro na cabeça em uma área no município de Antonio João depois de fazendeiros intimidarem os índios. "Um membro do povo Guarani-Kaiowá foi morto em agosto, após a chegada de um grupo de fazendeiros a um terreno sob litígio, ocupado e reclamado pelos Guaraní-Kaiowá. Até a elaboração deste relatório, a polícia ainda não havia identificado quaisquer suspeitos do assassinato”, diz o relatório.

Segundo a Human Rights Watch, 46 pessoas envolvidas em conflitos por terra foram assassinadas entre janeiro e novembro. “Muitas das mortes, de acordo com a comissão, foram supostamente ordenadas ou executadas por grandes fazendeiros ou madeireiras ilegais”, concluem. 

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