A PolÃcia Federal (PF) prendeu 15 pessoas na manhã desta terça-feira (11) dentro da Operação Contorno Norte, deflagrada no Paraná, Mato Grosso do Sul e Goiás. No Estado, duas pessoas foram presas, ambas em Mundo Novo. A ação ocorre em combate ao contrabando de cigarros.
Conforme o G1 PR, quatro suspeitos estão foragidos no Paraguai. Já o suspeito de ser o chefe da organização criminosa está preso em Assunção, no Paraguai.
Um mandado de prisão foi cumprido contra ele nesta terça-feira, contudo, o suspeito já estava detido há cerca de 40 dias por outros crimes.
Além de Mundo Novo, as prisões ocorreram em GuaÃra (PR), três pessoas, Cascavel (PR), Sertanópolis (PR), Cruzeiro do Sul (PR), Umuarama (PR), com cinco presos, Alto ParaÃso (PR) e Itumbiara (GO).
Ainda de acordo com o G1PR, para a PolÃcia Federal, essa é a maior organização criminosa que já atuou no paÃs com contrabando de cigarros. Os integrantes abasteciam todo o Brasil e mandavam cigarros até para a Europa.
Contorno Norte
As investigações tiveram inÃcio em maio de 2016, após uma carreta carregada com cigarros contrabandeados colidir com um veÃculo onde estavam um casal e uma criança no Contorno Norte de Maringá (PR), levando à morte a mulher.
As apurações permitiram identificar uma organização criminosa responsável pelo transporte da carga contrabandeada. Foi constatado que os cigarros eram introduzidos em território nacional a partir de Salto Del Guairá, no Paraguai, utilizando uma rede de funcionários, olheiros, barqueiros, carregadores e motoristas.
Durante os três anos de apuração, a PolÃcia Federal prendeu 204 membros da organização criminosa, realizou 130 flagrantes de contrabando, além da apreensão de 156 caminhões e outros 60 veÃculos utilizados nos crimes. Também foram apreendidas cerca de 105 mil caixas de cigarros, o equivalente a 52 milhões de maços. As mercadorias foram avaliadas em R$ 250 milhões pela Receita Federal, gerando aproximadamente R$ 360 milhões em tributos e multas.
Verificou-se ainda que grande parte das carretas utilizadas nos transportes ilÃcitos eram oriundas de furtos e/ou roubos, com posterior clonagem das placas. O grupo chegou a utilizar 6.700 linhas telefônicas cadastradas em nome de terceiros para a prática do crime.
Os presos responderão, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de organização criminosa, contrabando, receptação qualificada, adulteração de sinal identificador de veÃculo automotor, falsidade ideológica e corrupção ativa, bem como pelo homicÃdio culposo, lesão corporal culposa, abandono do local do acidente e favorecimento pessoal, quanto ao acidente que iniciou os trabalhos.