19 de Abril de 2024 -
 
22/09/2018 - 12h01
Operação tem ligação com policiais contrabandistas e ponte com presos da Oiketikus
Leonardo Rocha
Campograndenews/Agoranews

Em cinco meses duas operações do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) e PF (Polícia Federal) tiveram policiais como alvos de investigação sobre esquemas de contrabando de cigarros, em algumas cidades de Mato Grosso do Sul. De acordo com as autoridades, existe inclusive uma “ligação” entre as duas apurações, com policiais envolvidos em ambas.

Em 16 de maio deste ano, uma força-tarefa do Gaeco organizou a Operação “Oiketikus”, que cumpriu mandados em 14 cidades do Estado, tendo como alvos policiais militares corruptos, envolvidos na chamada “Máfia do Cigarro”. Nestas ações foram presos 20 policiais, três oficiais e 17 praças, com 45 mandados de busca e apreensão.

Entrevista coletiva na sede da Polícia Federal (Foto: Kísie Ainoã)

Esta investigação teve além da ação do Gaeco, a colaboração da “tropa de elite” do Ministério Público e da Corregedoria da Polícia Militar. O tenente-coronel Admilson Cristaldo Barbosa, que era um dos “pontos-chave” do esquema, foi condenado na última quinta-feira (20), pela Vara Militar de Mato Grosso do Sul, a três anos de prisão em regime aberto, por obstrução de Justiça.

Cristaldo era o comandante do Batalhão da PM de Jardim, que era ponto-chave para o esquema de contrabando de cigarros e ficou conhecido por conta do estilo de vida de ostentação, que segundo as autoridades, não era compatível com seus rendimentos como policial.

Ligação

 O delegado da Polícia Federal, Cleo Mazzoti, disse durante coletiva sobre a Operação “Nepsis”, que também investiga esquema criminoso de contrabando de cigarros, reconheceu que as duas investigações tem ligações e até com policiais envolvidos em ambas, no entanto neste primeiro momento, não houve a divulgação de nomes.

A Operação de hoje (22) teve 86 mandados de prisão e de busca e apreensão, em cinco estados diferentes, incluindo Mato Grosso do Sul, teve cinco polícias rodoviários federais presos, um ainda não cumprido, além de quatro policiais militares e dois (policiais) civis. A intenção é combater a “corrupção policial”, que teria causado prejuízo de R$ 1,5 bilhão aos cofres públicos.

Novamente se apurou uma organização com “estrutura sofisticada”, sendo uma rede de escoamento de cigarros contrabandeados do Paraguai, pela fronteira do Estado, que segundo as autoridades, tinha a participação de centenas de pessoas.

 

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