A Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) revelou que a vistoria feita nesta quarta-feira (18) na PED (Penitenciária Estadual de Dourados) gerou reação em cadeia com “princípio de tumulto” em outros presídios de Mato Grosso do Sul. Segundo a pasta, presos percisaram ser contidos depois de tentarem impedir a entrada de policiais militares e agentes penitenciários. A ação ocorre uma semana após a descoberta de um suposto plano de presos para assassinar o diretor-adjunto da unidade, Antônio José dos Santos, de 51 anos.

Em nota à imprensa, a Sejusp informa que na vistoria realizada hoje em Dourados, foram apreendidos celulares, sete carregadores, quatro fones de ouvido, dois chips, 89 armas artesanais, 40 barras de ferro e 12 canos de ferro (retirados das estruturas das próprias celas), além de 136 gramas de maconha e 164 gramas de cocaína.  “A operação foi realizada no Raio 2 e Cadeia Linear e envolveu a participação de cerca de 30 agentes penitenciários e 100 policiais do Batalhão de Choque”, detalha.

Com capacidade para 800 internos, a PED abriga atualmente um número aproximado de 2,4 mil pessoas encarceradas. “Durante a operação, alguns internos tentaram impedir o acesso dos policiais para impossibilitar que as vistorias fossem feitas pelos agentes penitenciários, ocasionando um princípio de tumulto, sendo controlado pelas forças de segurança conforme os protocolos necessários”, revela a secretaria.

A ação conjunta realizada hoje teve aval da 3ª Vara de Execuções Penais de Dourados e envolveu a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) e o Batalhão de Choque da Polícia Militar. 

“A medida repercutiu com manifestações nos presídios de Três Lagoas, Campo Grande e Dois Irmãos, em protesto às vistorias realizadas na PED, mas que foram rapidamente controladas pelas direções dos estabelecimentos penais e agentes penitenciários, sem maiores alterações e consequências, não sendo necessária a intervenção da Polícia Militar em nenhuma das unidades”, informa a Sejusp.

Conforme a nota, “na Máxima de Campo Grande e na Penitenciária de Três Lagoas, a manifestação ocasionou danos em algumas celas e os internos foram realocados para que sejam feitos os reparos necessários. Já em Três Lagoas, durante a manifestação, um detento machucou a mão, sendo rapidamente socorrido”. 

“A Sejusp, por meio de suas forças policiais e a Superintendência de Inteligência trabalha diariamente para que os procedimentos necessários que prezem pela segurança da população sejam todos realizados da melhor maneira possível. Operações como essa que aconteceu hoje em Dourados, são necessárias e continuarão ocorrendo de forma sistematizada, conforme o planejamento estratégico da secretaria”, enfatiza a secretaria de Estado.