16 de Abril de 2024 -
 
20/09/2018 - 10h25
A mais de um ano 'RAIO X' da UPA de Dourados não funciona e pacientes fraturados perambulam
Redação
Agora News/94FM
Unidade de Pronto Atendimento de Dourados. 

A gestão de Renato Vidigal á frente da Secretaria municipal de Saúde de Dourados na atual administração está de mal a pior. Paciente que necessitam de um simples procedimento que é um Raio X não conseguem e ficam perambulando fraturados de um  lado para o outro em Dourados.

Chegando na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), o pacientes que necessitam de um atendimento não conseguem e são enviados para o Pronto Atendimento Médico (PAM) que também não realiza o atendimento.  

Quando o paciente chega ao PAM são informados que não fazem o procedimento pois só são atendidos lá os marcados pelas unidades de saúde do município e de outras cidades, os mesmo são encaminhados de volta para a UPA onde são finalmente encaminhados para o Hospital da Vida, um verdadeiro "períplo" que o paciente acaba passando de quatro a cinco horas sem o atendimento pois o aparelho de Raio X está quebrado a mais de um ano na UPA de Dourados. 

Inquérito no MPE

O Ministério Público Estadual abriu investigação para apurar a ausência de aparelho de Raio-X na Unidade de Pronto Atendimento/UPA de Dourados. Com isso, já descobriu que o equipamento quebrado nesta unidade tem feito sobrecarregado os atendimentos no Hospital da Vida, “entidade hospitalar que hoje vivencia cenário de superlotação e quadro de severa insuficiência de insumos, medicamentos materiais de trabalho e recursos humanos”. 

Instaurado na segunda-feira (17), o Inquérito Civil número 06.2018.00002748-1 tem como alvo a Funsaud (Fundação de Serviços de Saúde de Dourados), criada em 2014 justamente para administrar essas duas unidades. Em 10 dias úteis, ela deverá prestar “informações atualizadas e detalhadas sobre o estágio da troca da placa de captura de imagem do aparelho RAIO-X da Unidade de Pronto Atendimento/UPA de Dourados/MS, especificando as medidas concretas empreendidas ou a empreender para a solução imediata da celeuma”. 

INSPEÇÃO MINISTERIAL 

De acordo com o promotor Etéocles Brito Mendonça Dias Júnior, da 10ª Promotoria de Justiça de Dourados, até o operador do equipamento será chamado para prestar depoimento. 

A 94FM apurou que o MPE flagrou esse problema durante inspeção ministerial, com registros fotográficos, realizada ainda no dia 8 de maio. Constatada a falta de funcionamento do Raio-X da UPA, a Funsaud foi oficiada a prestar esclarecimentos, mas informou apenas que a empresa fornecedora do equipamento alegou ser “necessária a substituição da placa de captura de imagem para o aparelho voltar a funcionar”.

TRANSTORNOS AO SAMU

Por considerar que nem a empresa, tampouco a Fundação “apresentaram um plano de trabalho razoável e factível para a reversão do impasse”, o promotor de Justiça decidiu aprofundar as investigações e oficiou o responsável pelo SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) a prestar informações sobre “atendimento/encaminhamento de pacientes a UPA e eventuais transtornos ou desdobramentos que o serviço enfrenta, ante a indisponibilidade de Raio-X na Unidade”. 

“Em resposta, a chefia respectiva informou que as demandas correspondentes estão sendo encaminhadas ao Hospital da Vida, com o consequente somatório das demandas respectivas, o que agrava sobremaneira o contexto de integralidade e razoabilidade no tempo de assistência, pois a mencionada entidade hospitalar que hoje vivencia cenário de superlotação e quadro de severa insuficiência de insumos, medicamentos materiais de trabalho e recursos humanos”, consta em trecho do texto que justifica a instauração do inquérito civil. 

INTERVENÇÃO JUDICIAL

Em vistoria realizada dia 30 de agosto no Hospital da Vida, o MPE flagrou falta de materiais básicos como medicamentos indispensáveis, número insuficiente de profissionais para atender, pacientes nos corredores e outros locais insalubres, além de sala de Raio-X sem isolamento adequado para conter a radiação. 

Diante de todos os problemas constatados nessa ocasião, os promotores Etéocles Brito Mendonça Dias Junior e Ricardo Rotunno não descartam ingressar com ação coletiva, com pedido de intervenção judicial na Funsaud. (clique aqui para ler mais)

publicidade
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
© 2013 - AgoraNews.com.br - Todos os Direitos Reservados

É expressamente proibida cópia, reprodução parcial, reprografia, fotocópia ou qualquer forma de extração de informações deste sem prévia autorização dos autores conforme legislação vigente.